Então é por isso que faz todo sentido a afirmação de que “não somos salvos pela fé. Somos salvos pela graça”.
Se fossemos salvos pela fé, aí residiria o mérito: a nossa fé. Somos salvos pela graça, mas precisamos da fé. É fundamental depositar a fé na pessoa certa. A fé deve ser depositada no que é absoluto.
A Fé apresentada em Hebreus 11 não está desconectada de Hebreus 10.
Ter fé, então, é ler Hebreus 11, relacionando a lista de Heróis da fé ao raciocínio do autor que no capítulo 10 apresenta o novo caminho – Jesus – “a nossa fé nele garante a salvação de nossas almas”.
É a fé, justamente ela que nos projeta. Ela é que descortina esperança. Não apenas esperança do que seremos, mas de quem estará conosco. É a estabilidade no meio da tempestade, justamente em função da certeza de que o que é transitório passa e de que não estamos sozinhos.
Nossa fé é muito parecida com a experiência de Pedro andando sobre as águas.
É isso que vamos estudar em Hebreus 11. A galeria dos “heróis da fé” é a relação de pessoas que no percurso da história, se arriscaram a andar com fé em Deus. Que deixaram a fé viver dentro deles e então fizeram acontecer. Não porque eram “super-heróis” da fé, mas porque perceberam que Deus as estava conduzindo. Que Deus acreditava nelas. A fé é acreditar que Deus acredita em você, e, pode utilizar-lo como canal de bênçãos. “E apesar da glória que tens, tu de importas comigo também...”
Já que é pra exercitar a fé, deposite sua fé em algo que valha a pena!
“A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor”
Paul Tillich, teólogo alemão, registrou em seu livro A Dinâmica da fé que, "na fé verdadeira, a preocupação incondicional é o estar tomado pelo que é verdadeiramente incondicional; a fé idólatra, em contraste, eleva coisas passageiras e finitas à categoria de incondicionais. Essa adulteração leva fatalmente à "frustração existencial", que solapa as bases da existência humana. "
